domingo, 4 de julho de 2010

Diferenças que fazem diferença

Acho muito legal o tanto de gente diferente que tem no mundo. As diferenças às vezes são de personalidade, de habilidades, ou até uma diferença física. E essas diferenças marcam as pessoas que estão próximas, e às vezes, a diferença é tanta, que marca até os que não são próximos assim. E em geral essas pequenas coisas que tornam uma pessoa de certa forma especial (às vezes pro lado ruim).

Um exemplo estranho que eu dou é um carinha da minha equipe, que foi o meu mentor. Eu me simpatizei com ele desde o princípio, talvez porque ele tinha algo familiar. Eu não sabia dizer o que exatamente. Um dia fiquei pensando o que era e descobri. Ele me lembra muito o Bó. Ele tem cabelo enrolado e gosta de ficar barbudo, e às vezes faz uma cara muito igual a uma que bó gosta de fazer (tipo de levantar as sobrancelhas). Pior de tudo que eu notei isso durante uma reunião, e tive que ficar segurando pra não ficar rindo.

Mas quem na verdade me inspirou pra fazer esse post foi um carinha da igreja, cujo nome eu nem sei (já soube um dia, mas esqueci - acho que é Pete). Ele tem uma característica que eu nunca vi igual, e que eu achei muito peculiar. Ele senta num lugar normal durante o culto, mas na hora do louvor (que é depois da pregação aqui), ele vai lá pro cantinho da primeira fileira e fica cantando e dançando: Levanta as mãos, dá uns pulinhos, gira. É visível que dança não é um grande talento dele, mas ele não se importa. Domingo após domingo ele faz isso. Manifesta seu gozo em Deus através de dancinhas. E pra defender que ele não faz isso "pra aparecer", quando o culto é num outro lugar lá que tem espaço atrás, ele vai pra trás, que tem mais espaço, pra fazer suas dancinhas.

Se ele tivesse um grupinho que fosse junto com ele fazer isso, eu só acharia legal. Quando um grupo (que seja de duas pessoas só) faz algo junto, o nosso julgamento é muito diferente do que quando alguém faz a mesma coisa sozinho - o apoio dado por haver uma pessoa que seja a mais muda muito os estímulos e críticas tanto internamente quanto externamente. Ele faz isso sempre sozinho. É um momento entre ele e Deus, ainda que num lugar público.

Ele me lembra um pouco duma história que eu li dum livro da minha ex-sogra. A história diz respeito a um povo em um planeta lá, em que os habitantes colocam adesivos uns nos outros: uma bolinha cinza quando não gosta, e uma estrelinha quando gosta. E sem querer contar toda a história, tem um personagem que simplesmente não tem adesivos. Eu vejo nele uma pessoa assim. Ele é pra mim uma inspiração de como se importar menos com o que as pessoas pensam e dizem, e mais com a opinião de Deus.

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