Dia das mães

Mãe é um bicho muito estranho. Carrega uma criatura no bucho por 9 meses, e durante esse tempo todo, fica passando mal do estômago, com dor de cabeça, fica com a barriga bem maior, não pode fazer bungee jumping ou nada radical, acorda de madrugada com vontade de comer maxixe, tem que ficar tomando cuidado com tudo que vai fazer. E no fim desses 9 meses tem que passar por uma dor absurda pra "se livrar" (pelo menos de dentro) da tal criatura, e de quebra ainda ganha algumas estrias. Pra piorar, ainda se passa um bom tempo acordando de madrugada com chorerê da criatura, que está faminta ou precisa ter as fraldas trocadas ou simplesmente sem motivo aparente. Mas o pior de tudo é que, mesmo depois da criatura ter feito ela passar por tudo isso, mesmo que a criatura não tenha feito nada pra "compensar", ela é uma das pessoas que mais amam essa criatura no mundo.

E não foi diferente comigo (tirando a parte da dor absurda, porque foi cesária eu acho -  mas deixei cicatrizes maiores). E agora que ela está vindo, cito a raposa de "O Pequeno Príncipe":

"_ Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!"

No meu caso, a antecedência é consideravelmente maior que uma hora =).

Mãe, gostaria de agradecer pela paciência durante todo o duro processo até o meu nascimento, e principalmente depois dele (me lembrei da história que eu me escondi no meio das roupas na loja pra ver se vocês me achavam - me disseram que é verdade, mas não me lembro). E apesar de você ficar querendo tirar fotos de mim, te amo muito.