Namoro e coisas relacionadas parte 1

De vez em quando, um ou outro ainda pergunta sobre minha vida de solteiro, se eu pretendo deixar essa vida de lado, arrumar alguém, etc. E como costumo fazer, dou uma enrolada, sem dizer muita coisa. Dessa vez, decidi dar uma enrolada maior sobre o assunto, também pra me ajudar a esclarecer as coisas pra mim mesmo. Eis a parte 1 da enrolada maior :P

Já faz um tempinho que aleatoriamente chegou até mim a seguinte imagem:

De fato, considero o filme Up um dos melhores filmes que já assisti. Confesso também que é um filme relevante na história da minha vida, não exatamente pelo aspecto romântico do filme (que a propósito, é muito curto). Talvez um dia explique o motivo, mas provavelmente não o farei.

OBS: Se você não viu o filme, e não quer saber coisas que acontecem durante o filme, pule para o próximo parágrafo. Entre outras coisas, fiquei impressionado de como o filme, em poucos minutos, gera uma simpatia pelo casal, e mostra de certa forma um casamento perfeito (ainda que com dificuldades - a árvore caindo no telhado foi ótimo). E quando você está empolgado com a felicidade do casamento, vê os dois envelhecendo juntos, e ele comprando a passagem pra realizar o sonho de infância (e de vida) da Ellie, ela morre. E isso cria a base do filme, ou pelo menos da história do Carl Fredricksen (o velhinho).

Mas enfim, voltando ao assunto. Recebi a figura já no meu período de solteiro e ainda hoje olho para a mesma figura com um pouco de incredulidade. O cara conseguiu estar em um "casamento perfeito" (achei o máximo também o balão com o graveto na figura, simbolizando um dos elementos fortes que os dois tem em comum). Euu sei que nesse caso é um casamento fictício, mas eu também sei que no mundo real tem vários exemplos de casamentos que deram (e continuam dando) certo. No entanto, eu não consigo me enxergar em um casamento dando certo.

Um dos aspectos que eu acho que mais "pegaria" pra mim é o fato de, quando eu chego em casa, em geral não quero dar satisfação pra ninguém. Não entenda "dar satisfação" como "prestar contas", mas simplesmente coisas como compartilhar o dia ou bater papo sobre qualquer coisa. E foi assim que eu cresci. Nunca achei estranho nenhuma das vezes que chego em casa e ninguém me pergunta nada (ou talvez "só" um tudo bem, ou foi bom? - o que já me dá espaço pra falar mais coisas, caso eu queira), mas ao mesmo tempo espero que as pessoas não achem ruim caso eu não pergunte (ou até esqueça de perguntar em caso de um evento "mais importante"). E não costumo gostar muito quando as pessoas insistem em fazer muitas perguntas pessoais (acho que ninguém né hehe).

Não entenda o parágrafo anterior como se eu estivesse culpando minha família. Pelo contrário, amo eles demais, e sinceramente acredito que eles me amam (inclusive acho que não ficar perguntando demais uma forma deles me amarem). Muitas vezes gosto do anonimato e de manter alguns comentários e experiências comigo mesmo.

Um dos motivos desse blog inclusive é tentar melhorar um pouco nesse aspecto. Tenho melhorado um pouco de fato, mas blog tem a vantagem que você só escreve quando, o quanto e sobre o que eu quiser... Mas vale como um exercício =P

Eu sei que o problema na verdade é comigo, e não em encontrar a "pessoa certa pra mim". Sério, não consigo idealizar uma pessoa com a qual eu sinta vontade de casar. Quer dizer, na verdade eu consigo, mas eu sei que não existe ninguém dentro deste "perfil ideal". 

Outro dia eu continuo o post, tenho que dormir agora. Trabalho me aguarda amanhã