sábado, 6 de fevereiro de 2010

Pequeno grupo, nova casa, e outras coisas mais

Aproveitando que a net está um pouco utilizável pra deixar mais novidades.

Finalmente chegou meu primeiro salarinho! Sem mais sufocos (errr, quer dizer, ainda teve um pouco, mais detalhes depois), modo ultra econômico (ficar até mais tarde no trabalho pra poder jantar =P).

Fiz minha mudança na quinta. Foi um pouco triste deixar meu outro apartamento, mas ao mesmo tempo "começar uma nova vida" é empolgante (mas tb um pouco cansativo). Acho que as mulheres iam gostar mais do que eu desse lance de recomeçar uma casa do zero. Quer dizer, tem a cozinha (com fogão e geladeira, sem microondas), mas não tem prato, garfo, panela, vasilha etc. Inclusive foi até triste porque tinha comprado sorvete (ainda por cima de pistache) pra mim, mas num podia tomar hehe.

Começarei falando sobre o pequeno grupo. O Jon e a Susan me deram carona (pra variar), e chegamos lá, tavam fazendo 4 panelas de macarrão pra umas 10 pessoas (sem contar as duas vasilhas de salada). Serviu pra fazermos piada, e pra ninguém reclamar que tava com fome. Antes de começar o pequeno grupo, tava conversando com o Richard e o Jon. Descobri que o Richard estava desempregado, e ele tava contando da dificuldade ainda maior de conseguir emprego pq gastava muito tempo pra conseguir comida. Tinha lugares que serviam comida de graça, mas eram longe e não era todo dia, então ele costumava passar 2 dias na semana em jejum (o que me surpreendeu, pq ele tem uns quilinhos a mais) "forçado". E não sei se é o jeito dele ou se é por causa do que ele está passando, mas ele não olha pra ninguém especificamente quando está conversando (fica olhando pro infinito). Ele agora ia conseguir uma graninha pq ia participar no censo dos EUA por 5-10 semanas e pensa em aposentar quando der. Mas sério, deu um aperto no meu coração ouvir ele contando tudo, fiquei até sem palavras e estou pensando em alguma coisa pra fazer na próxima quarta pra ajudar ele. Não sei como ele reagiria se eu oferecesse dinheiro, então estou pensando em levar alguma coisa pra ele.

Fomos interrompidos durante a conversa porque o grupo ia começar, então nos sentamos em círculo, e começou com um quebra gelo em que cada um tinha que falar o nome e o emprego ideal (não valia o próprio emprego). Teve desde espião e astronauta, a criador de peixes no fundo de quintal, passando por esposa de antropologista (segundo ela, viajava até, via as coisas legais, conhecia gente diferente, e não precisava escrever a tese a respeito depois), estrela de rock, entre outros. Eu falei, entre outras coisas, que gostaria de ser testador de jogos =P

Depois foi dedicado a discutir as mudanças pro pequeno grupo, e decidiu-se que, por causa do tempo, ter louvor em menos reuniões (também porque algumas pessoas se sentem constrangidas de cantar num ambiente com poucas pessoas), e quando tivesse, que não ia ter estudo ou oração, e que seria incentivado ter pessoas de sexos diferentes quando separasse os grupos pra orar. Também decidimos os temas a serem estudados nos próximos meses. Depois de um tempo, decidiu-se que os principais temas seriam trabalho/descanso, a vida de algum personagem bíblico (a ser decidido pela liderança do grupo) e estudo sobre algumas orações na Bíblia. Acho que foram boas escolhas, vamos ver o que está por vir...

Finalmente, teve o período de oração. Dividimos em grupos de 4 pessoas. Ficou eu e mais 3 mulheres e eu me senti um velho =P. Eu tinha passado por coisa parecida com os pedidos de cada uma. A Rebecca tava pensando em mudar e morar com outras amigas mais próximas, mas tava com problemas por causa de vencimento de contrato, multa, essas coisas (me lembrei de quando me mudei pra SP e dentro de SP, que tive coisas parecidas). A Anna, entre outras coisas, pediu pra orar porque o trabalho, a "vida real" e td mais estavam deixando ela mais amarga (me lembrei de ter reparado que fiquei menos sorridente quando entrei na facul, e do cansaço/stress por causa de jornada de trabalho). A Yi-Shyunn (acho que escreve assim, não sei direito hehe) tinha sido sondada pra fazer um processo seletivo pra uma vaga de emprego que interessou a ela, e que já estava um pouco encaminhada; mas que seria em outro estado (o que me lembrou de quando recebi a notícia de que não poderia fazer o processo seletivo pro Brasil). Enfim, me senti 'O' vivido =P.

Finalmente, orar em inglês é brutalmente mais difícil que em português. Em português já tenho o vocabulário pronto, e com anos de treinamento; e eu não tenho o hábito de orar devagar e pausadamente, muito menos de parar pra pensar na palavra mais adequada. Fica sempre faltando alguma palavra ou expressão, e eu acochambro com outro termo. Depois de acochambrar umas 3 vezes, eu desisto e falo logo o Amém hehe (em inglês não parece ser comum falar o "em nome de Jesus").

Quinta foi tranquilo também. Teve um evento interno da empresa, e acabei ganhando um monte de coisinhas legais: adesivo, ioiô do Google, e até uma camiseta =).

Sexta foi um dia que passou rápido no trabalho. Acho que vou evitar sair tarde do trabalho por agora no inverno (que anoitece mais cedo) pq não é muito iluminado o caminho. E tem uma coisa que agradeço a Deus no meu novo ap: ele fica em frente a um supermercado. É bom demais, ainda mais que ainda estou sem carro e/ou bike (foi lá que pude comprar a colher pro meu sorvete hmmm).

Como eu sabia que a net não seria uma boa opção (ficar usando net ruim é pedir pra eu me estressar), aproveitei que tinha um maquininha lá pra alugar filme por 1 dólar, e aluguei "Tá chovendo hamburguer" pra ver no comp. Acabou que o filme superou razoavelmente minhas expectativas (não chega no nível do Up, mas é legalzinho). E também era o filme adequado praquilo que eu queria assistir, um filme pra "esvaziar um pouco a cabeça", que não precisa pensar e talz.

E hoje começou o dia com um pequeno sufoco. Tinha que pagar o aluguel ontem, mas me acochambraram pra pagar hj. Então fui cedo no supermercado, porque tinha que sacar o dinheiro pra fazer um "money order" pra pagar o aluguel. Mas o triste limite diário não me deixava sacar tudo o que precisa, e a máquina não me avisava qual era o limite diário. Tentei negociar de pagar o resto no dia seguinte, mas não quiseram acochambrar não, e a multa por pagamento atrasado era de 100 dólares (isso mesmo... Um absurdo!). Fiz uma mistureba com todos os meus recursos disponíveis e consegui pagar tudo. A mulher até perguntou se eu ia conseguir comer com o que sobrou hehe (e não se preocupem, eu consigo hehe, o dinheiro está lá na conta, eu só não conseguia sacar e eles não aceitavam o cartão =P).

Depois do sufoco, devolvi o filme e peguei Caltrain até onde teoricamente havia um shopping. Na verdade, em vez de um shopping, era tipo um conjunto de lojas gigantes (como se fosse uma rua normal, com lojas). Fui numa tal de Kohl e já comprei algumas coisas básicas pra sobrevivência. Se criar coragem, saio pra comprar mais coisas amanhã, ou então deixo pra procurar pela net que é o jeito que eu funciono melhor.

Bom, é isso. Se tiveram alguma idéia super legal e parecida comigo, estou aceitando sugestões de coisas pra se fazer aqui. Por exemplo, pretendo ter um cantinho das lembranças, onde devo colocar coisas a Mafalda que comprei na Argentina, a lhama do Chile, alguns presentes que as pessoas me deram com algum significado, essas coisas.

Abraços,

4 comentários:

  1. desde qdo vc usa esse termo acochambrar no seu vocabulário... na língua portuguesa isso significa o q msm??

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  2. Boa Dreina!!!
    Tbém nao entendi!! hehehehe

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  3. acochambrar é tipo dar um jeitinho (faz mais sentido no Brasil, que é parte da cultura hehe). O exemplo clássico é na faculdade, quando vc não tirou nota suficiente pra passar, e vai pedir pro professor te acochambrar

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  4. Sam, é muito bom ler aqui as suas histórias. Que pena que eu e sua mãe não estamos aí pra comprar essas coisas de casa pra voce. A gente ia adorar. Eu entro sempre aqui, viu? Saudades de voce. Voce fez falta no aniversario da Mainha. beijos Tia Patricia

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