sábado, 20 de fevereiro de 2010

Pequeno grupo

Quarta-feira foi dia de pequeno grupo de novo. Dessa vez, não foi no lugar de praxe porque um avião tinha caído numa casa lá, e parte da cidade ficou sem energia, então acabou sendo na casa do Matthew.

Pra variar, ganhei uma carona. Até a Páscoa, os jantares agora vão consistir de variações de arroz com feijão. No dia foi arroz com lentilha, e não sei q q fizeram q ficou mto boa a lentilha. A Yi-Shyunn (nome mais legal do grupo) até falou o que era, mas eu esqueci, sei que era um ingrediente não muito convencional. No jantar, descobri que eu não sou o mais novo do grupo, e sim o segundo. Tem um que é um mês mais velho, e outra 4 meses mais nova.

Essa semana estamos fazendo estudos sobre oração, e acho que já comentei que a Vineyard tem uma visão um pouco diferente do que estou acostumado com oração. Uma das coisas que eles afirmam é que a oração é uma conversa de 2 vias, que muitas vezes nós só falamos e falamos, e não prestamos atenção pra ouvir, e que muitas vezes Deus já responde de alguma forma durante a oração enquanto ainda estamos orando.

E foi engraçado quando dividimos em pequenos grupos, e o Jon tava contando de uma vez que ele estava orando por uma mulher que tava com problemas de dor de cabeça e etc, e do nada veio a palavra "alcoólatra" (é assim q escreve?). Daí ele contou que ao fim da oração, ele perguntou se a palavra alcoólatra significava alguma coisa pra ela. Ela começou a falar que os pais eram viciados em álcool, e que odiava eles. Então ele viu que o problema "era mais embaixo", e eles oraram nesse sentido.

Daí eu perguntei pra ele, se ele não tinha ficado tipo com receio dele perguntar e ela falar q não tem nada a ver. Daí ele disse, que sempre pode acontecer da pessoa falar que não tem nada a ver, e você ficar se achando burro e estúpido; e que inclusive já aconteceu com ele algumas vezes. Que às vezes realmente é difícil diferenciar o que vem de nós mesmos ou não, mas que o "risco" valia a pena.

Finalmente, dado o tema ser oração, também separamos um tempo em grupo, cada um orando silenciosamente, e tentando ouvir a voz de Deus. Nessa hora eu tive um Deja vu sinistro. [abre parêntesis]  Mas antes, um pouco de background. De vez em quando, em Anápolis, quando quero "parar" um pouco, eu deito no sofá da sala sozinho e fico pensando na vida (ou pensando em nada às vezes hehe). E é curioso, que sempre tem um  "tic, tic, tic" no fundo, um "tic" por segundo do relógio [fecha parêntesis]. Então, durante a oração, tinha um relógio fazendo exatamente o mesmo "tic tic". E estranhamente o "tic tic" parava, era meio aleatório. E fiquei viajando nas minhas memórias, e depois me toquei que essas memórias não vão mais se repetir, agora que minha família vai mudar. Essa mudança já me gerou uma série de pensamentos, mas que não é o momento de ficar escrevendo aqui.

Depois das orações, quem "sentiu que Deus falou" pôde compartilhar. Não lembro o que cada um falou especificamente. Teve uma hora que o Matthew falou que às vezes a gente quer uma coisa e não pede, e que deveria pedir. Daí a Rebecca falou que tinha um pedido por mais dons espirituais (inclusive foi parte da discussão do estudo). Ela também citou que queria o dom de falar em línguas. Foi engraçado que ela ficou sem graça, que ela comentava que achava um dom meio "mongol" quando algum amigo comentava, mas que agora ela queria hehe.

Então, decidimos fazer como se fosse uma imposição de mãos (só de alguns, por causa do espaço), e que cada um também oraria de acordo com o que Deus colocasse no coração. Foi bem legal, e durante a oração senti o desejo de me voluntariar também. Terminada as orações, ela fez os comentários. E perguntaram se alguém mais queria. Senti por um instante eu vacilar no sentido de me prontificar (acho muito bizarro como tem coisa que me proponho a fazer, mas na hora H eu acabo mudando de idéia), mas venci meu ímpeto de desistir e pedi tb.

No meu caso, decidi não pedir por nada específico, e falei brincando pra eles "serem criativos". O Jon, sempre certinho, comentou algo do tipo "criativo não, vamos falar o que Deus colocar no nosso coração" (sabia que alguém não deixaria escapar =P). E Deus me abençoou bastante durante as orações. Teve dois tópicos principais que me chamaram a atenção, e nos quais estou trabalhando, e espero que Deus não me deixe vacilar na(s) hora(s) H. No entanto, não vou dizer enquanto não tiver algo pra testemunhar a respeito.

Finalmente, depois de mim teve a vez do Matthew. Ele tem um gato que é muito importante pra ele, principalmente pq foi um "companheiro" quando o pai dele (do Matthew) morreu (eu perdi um pouco da história, pq ainda tava pensando nas orações pra mim...). Mas agora parece que o gato estava com um tumor na cauda, que ainda iam examinar pra saber se era maligno ou não, mas que ele estava preocupado. O Matthew mora sozinho com o gato, e já deve ter 30 e tantos anos. Fizemos então a rodinha de novo, e oramos por ele e pelo gato dele.

No dia seguinte, ele mandou um email do grupo, e parte dele dizia algo do tipo Obrigado pelas orações por mim e pelo meu gato. Eu senti o amor de Deus através das orações de vocês. Às vezes, eu hesito de pedir orações pelo meu gato, já que costumo ter reações adversas de cristãos que não querem perder tempo com um animal. Obrigado por não fazer isso, e por sua compaixão e amor.". Me fez pensar um pouco em como às vezes a gente olha a vida dos outros com um certo desprezo, e como poderíamos fazer diferença se olhássemos (e agíssemos) com amor.


Bom, vou nessa dormir agora. Postar no blog toma tempo demais, mas é um hobby interessante =)

Um comentário:

  1. Pergunta pro Mathew se ele não quer uma gatinha brasileira, de 29 anos, crente e bonitinha (acho que é uma boa opção)

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