sábado, 27 de março de 2010

A famosa sexta-feira

Finalmente, aos curiosos de plantão, vou contar sobre minha sexta-feira. Ela começou muito mal, e com o enorme esforço de acordar às 2:40 da manhã, depois de dormir às 23:00. Sério, devia ser proibido ter que acordar tão cedo, mas a força das circunstâncias me forçaram a fazê-lo (inclusive estava com medo de não acordar, o que felizmente não se concretizou).

Comecei então a arrumar minhas coisas, antes de ir pegar carona na casa do Thomas. Antes de sair, até lembrei da câmera, mas ela nem ligava porque tava sem bateria. Desculpa mãe, não foi intencional, até eu queria ter levado a câmera.

Peguei a carona, e fomos até Sunnyvale, de onde o ônibus sairia. Mais de 4 horas de viagem, sofrendo um pouco pra conseguir dormir um pouco mais. Lá pra terceira hora, já dava pra ver a paisagem cheia de neve. Os pinheiros com os montinhos de neve nas folhas (curiosamente, em um trecho da viagem, só tinha neve num dos lados dos pinheiros hehe).

Teve o café da manhã no ônibus também, mas nada muito especial (pelo menos dentro das coisas que gosto mais num café da manhã). Não sou muito fã de massas doces no café, e tinha muffins e bagels. Estavam bons, só não sou muito fã hehe (quando for falar sobre comida no Google, eu dou exemplo do café da manhã que eu gosto hmmmm).

Finalmente, chegamos na estação de ski. Tinha nevado um pouco mais de 12 centímetros no dia anterior, e estava razoavelmente frio. Coloquei a jaqueta e calça impermeável que tinha alugado, a Eliza me emprestou o super óculos extra que ela tinha trazido (porque o sol reflete na neve e fica muito claro, e algumas pessoas tem vertigem por causa disso), e fomos até o canto lá pra pegar as botas. No caminho, tinha uns banquinhos com neve (tiraria foto se tivesse bateria). A neve deles tava muito macia hehe.

Enfim, fomos até o canto pra pegar as coisas. Sério, quem inventou aquelas botas? Uma luta pra colocar, e o resto do dia lutando pra conseguir andar, que ela não deixa mexer o calcanhar. Além disso não é muito confortável, mas não dizer o motivo exato. Depois pegamos os bastões de esqui (ski poles, aqueles pauzinhos pra ajudar a esquiar - foi a única tradução que achei na net). Como não podia deixar de ser, fingimos um pouco como se fossem espadas de esgrima, e depois subimos pra pegar os skis. Mó complicado andar com aquele tanto de coisa. Dois bastões, dois esquis, e ainda usando luva hehe.

Juntamos a galera que ia fazer aula e pegamos o bondezinho pra subir. Andamos perdidos um pouco, até descobrirmos onde seria a aula. Descobrimos finalmente, e o grupo que ficamos tinha 8 pessoas ao todo, 4 da nossa equipe e 4 outros.

As aulas tomaram todo o resto da manhã (começou lá pelas 10 e terminou pouco depois de meio dia). Depois de ensinar algumas coisas básicas, pegamos a cadeira pra uma das pistas fáceis. Até pra pegar a cadeira tem alguns "truques" (principalmente pra descer). Acabei deixando um dos meus bastões escapar porque esqueci de um dos detalhes hehe. Pra descer da cadeira também tem suas dificuldades, mas consegui descer direitnho (um monte de gente caía hehe, muito engraçado). Também tirei a jaqueta porque apesar da neve, o sol tinha começado

Começamos a descer a montanha, e descíamos um pouco, recebíamos um pouco mais de instrução, descia um pouco, mais instrução. Dentre os do grupo, eu era um talento nato pelo menos não fui o pior. Não é muito intuitivo como fazer curvas, e sempre que algo dava errado, eu acabava parando de olhar pra frente e deixar os braços pra frente também (que é o certo), e acabava olhando pros esquis e fazendo manobras bizarras e esquiando de costas (sim, no momento eu esquiava melhor de costas que de frente hehe) até conseguir parar hehe (pelo menos bom equilíbrio eu tinha, quase não caía hehe (só caí uma vez na aula, porque tinha a cerca (tipo uma rede, não uma cerca de madeira))). Fazer curva também era totalmente não intuitivo, tem que forçar a perna direita pra ir pra esquerda e vice-versa, e seu cérebro não acredita muito nisso até ver funcionando algumas vezes.

Fiquei com dó do Thom. Ele caía toda vez e desistiu de continuar antes de chegar no fim . Não sei que que ele fez na parte da tarde, se tentou mais um pouco, ou se só ficou passeando e comendo. Enfim, depois da aula fomos almoçar. Peguei um cheeseburger com batata ao alho (que foi mais ou menos o que o pessoal pegou)., e depois juntamos o pessoal que ia nas pistas verdes (fáceis) e azuis (médias). Acho que ninguém foi nas pretas (difíceis). O Thom não quis vir com a gente, mas o Billy veio no lugar (ele estava aprendendo snowboarding).

A tarde foi bem mais produtiva. Enquanto descemos uma vez de manhã, à tarde deu pra descer umas 7 vezes (isso porque tinha que sair 15:30). A parte difícil foi andar até as filas depois que descia, porque era plano.ou tinha pequenas subidas (nas quais eu pembava muito pra subir) e descidas. E seria um incômodo tirar os esquis pra andar porque daria trabalho pra tirar os esquis, pra carregar tudo, e depois pra colocar de volta.

De tarde, acho que meu cérebro foi se acostumando com a idéia não intuitiva das curvas. Agora em vez de uns 5 segundos pro cérebro acreditar e fazer o que eu queria, estava levando 1-2 segundos, além de eu ter melhorado na técnica. E eu ficava num dilema entre fazer muita curva ou descer rápido. Descer rápido tinha a vantagem de ser mais legal, mas também mais perigoso de atropelar as pessoas (ou até uma árvore), além de ter que esperar mais tempo embaixo pelo resto do pessoal. Fazer curva tinha a vantagem de aprender mais (já que era uma área que eu ainda estava precisando melhorar), mas era menos emocionante. Acho que equilibrei bem os dois.

Mas as 7 descidas foram muito legais, fui melhorando minha técnica, já estava quase atropelando menos pessoas (meu maior medo era de atropelar as criancinhas), caindo menos vezes (acho que caí umas 4 ou 5 vezes ao todo), e tendo mais controle da minha trajetória.

Numa das descidas quase matei eu e o Justin (supostamente a última). Ele estava na minha frente, mas mais devagar, e tinha uma placa (acho que avisando que ia juntar duas pistas) e ele. Como a placa me pararia de uma vez, tentei ir entre os dois, mas no desespero, meu cérebro se recusou a acreditar no jeito certo de fazer curva, e acabei passando acho que a menos de 1 metro na frente dele (até teve piadinhas depois do tipo "Ah, não te dou mais o dinheiro que paguei pra você matar ele, você falhou na sua missão"). E acabei caindo num dos piores lugares: era difícil de levantar (na verdade, levantaria numa área que não era pra esquiar), então tive que tirar os esquis e subir um pouco. Foi uma dificuldade também colocar os esquis de volta porque estava escorregando e os pés doloridos já não obedeciam como outrora as técnicas de ficar parado na neve com os esquis.

Chegou então a hora de ir embora. Nunca fiquei tão feliz de estar de tênis e poder andar como uma pessoa normal. Teve uns salgadinhos/refri/vinho/achocolatado antes de entrar no ônibus de volta. Assistimos 1,9 filmes na volta (Up in the air e 0,9 de Casino Royale), e o Thom me deu carona até meu ap.

Enfim, um dia muito agradável. Foi bom também estar com a equipe fora do contexto de trabalho (teve umas piadinhas relacionadas a trabalho, mas já era esperado :) ), além de estar num ambiente muito bonito, fazendo algo que nunca fiz na vida. Minha batata da perna não está muito feliz, mas até ela concorda que valeu a pena.

2 comentários:

  1. ehhh que legal!!! nao teve nenhum colega que tirou fotos? quero ver!!!!!! nohhh entao qdo eu e o Jojo formos ai te visitar vc vai ter q nos levar nesse lugar pra esquiar,ok??? hehe bjuuuu

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  2. eski?, não , não fika com o basquete e o awar msm, deix ao eski pro edden.

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