quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Aventura - parte 1 de 2





Então. Como prometido, tenho que contar minha "aventura" de ontem certo.

Mas antes da aventura... Finalmente fechei com o apartamento, já estou com as chaves (queria poder ter fechado depois, mas por uma série de motivos não dava). Nunca vi um contrato tão grande. Ao todo eram quase 50 páginas (umas 30 do contrato). Além do contrato em si, também tive que assinar em torno de 10 outros documentos, sobre os mais diversos fins. Um falava sobre regras do local, da casa, outro sobre ter carro, outro sobre cachorros, onde colocar bicicleta, falando que jogam pesticida nas plantas, uso da piscina, infinitas coisas do tipo. Tinha um até que era pra me deixar ciente de uma substância que tinha na parede quando ela foi pintada há uns 30 anos atrás. Sério, esses americanos são malucos. Segundo a mulher, tinha esse material nas paredes antigas, e em algum momento num passado longinquo de Nova Iorque, uma crianca lambeu a parede e foi envenenada (nao falou se morreu ou nao). Por isso criaram a lei que todo ap tem que informar sobre essa substancia, mesmo que jah tenha sido repintado 217398 vezes depois disso. É uma cultura muito legal =P.

Depois de ela passar mais ou menos uma hora explicando as coisas (e olha que ela explicava rapido), ainda tive que inspecionar o tal apartamento de novo antes de voltar pro trampo.

Voltei entao pro trabalho. Tou nos primeiros dias, aqueles que em vez de codificar vc fica ou aprendendo algo, ou configurando alguma coisa que ainda não está pronta. E ontem, não poderia deixar de ser assim. E em uma das etapas de configurar as coisas, eu tinha que ir em um canto lá pra eles ajustarem as coisas pra mim. E fui lá feliz, tirei um monte de coisa da mochila pra conseguir tirar meu note (meu mac é lindo =P), e eles comecaram (teclado e Linux não combinam - sofrimento pra acentuar coisas e sem cedilha - feito pra americano mesmo...) o processo e já ajustaram algumas coisas. Daí voltei pra mesa, e fiz mais um monte de coisas. Fiquei até um pouco mais tarde, já que boa parte da tarde eu tinha passado fora.

Meu plano pro dia seguinte era acordar cedo pra deixar o carro na locadora, e de la ir pro trabalho de alguma forma (provavelmente voltando pra ksa e pegando o onibus que vai direto pra lah). Mas...

Lá pelas 19:40 (depois de jantar de graca), decido ir pra casa. Quando vejo, cadê as chaves do carro? Tinha tanto lugar pra estar, mas o pior era que tava tudo fechado: a recepcão (caso alguëm tivesse achado e deixado lá), o lugar lá que eu fui, tudo. E não achei de jeito nenhum.

Conferi, o carro ainda estava lá. Considerei dormir no Google mesmo, mas não tive a cara de pau de fazê-lo por uma série de motivos (acho que atë seria uma boa, dado o que aconteceu eheh). Tive a idéia brilhante então de pegar o shuttle pra casa, já que tinha um que saía às 21:00 e passava na frente de casa.

Peguei então o shuttle, e no caminho me toquei de que não tinha as chaves do ap (porque estavam junto com a do carro), mas já estava no caminho, com o notebook e as chaves da nova casa na mochila. Planejei então dormir lá em frente à minha porta (já que é tipo um condomínio fechado, era relativamente seguro - tinha o plano B de ir no supermercado 24 horas e me virar por lá tb hehe), apesar de estar com medo de passar frio.

Uma coisa curiosa que aconteceu foi que eu estava de certa forma achando legal, ia poder passar por uma experiência inédita (provavelmente nada muito agradável, mas inédita).

Cheguei, consegui entrar no condomínio, mas como esperado, o escritório estava fechado (então não tinha quem pudesse abrir o ap). Arrumei o tapetinho da frente de casa, como colchão, depois de um tempo tb peguei a mochila como travesseiro, e depois de umas 3 posicões (e pegar a camiseta que ganhei do Google pra ficar mais quentinho) eu consegui dormir.

Parêntesis: Nesse meio tempo, lembrei um pouco de uma historinha que tinha ouvido, dum cara que tinha recebido um novelo que representava a vida dele. O fio ia sumindo bem lentamente, conforme o tempo passava. Mas se ele quisesse que o tempo passasse mais rápido, ele poderia simplesmente puxar o fio e chegar mais rápido no futuro (mas não podia voltar, pois o fio sumia ao sair do novelo). Na historinha, ele puxa toda vez que está numa situação ruim, ele puxava, e acaba a história com ele arrependido de não ter aproveitado a vida. Fiquei pensando seriamente se eu puxaria o fio ou não até o dia seguinte. Na minha cabeça, eu achava que não. Fecha parêntesis.

Acordei umas 3 vezes com gente passando, mas acho que elas consideraram normal ter uma pessoa em frente a uma porta dormindo (mas que elas poderiam fazer, pensando "friamente"?). Acordei lá pela meia-noite incomodado com o frio.

Bom, a parte 2 será publicada às 20:00 (em Anápolis), só pra deixar minha mãe feliz com mais suspense. Já está pronta e cheia de novidades quentinhas (ou seriam geladinhas?)

Parte 2 da aventura

3 comentários:

  1. Pq vc nao foi pra algum hotel??? correndo o risco de ficar gripado, ou de bichos americanos te atacar, ah nao ,viu?
    se cuida menino!!!

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  2. Que hotel o q? E a aventura? Além do mais, acho que não tinha hotéis por perto

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  3. Vc quer é matar a gente do coração! acho que isso é sovinagem!!!!!!!!! arriscado adoecer e alguém ver e pensar que é um clandestino desavisado, até prender...

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